- 20-07-2018

Por Gazeta das Caldas a 20 de Julho de 2018
O sub-sector da cerâmica industrial quer um regresso às origens com telha bem portuguesa nos telhados do país
Seis grandes empresas que produzem telha cerâmica uniram-se num grande grupo para realçar este produto milenar que faz parte da identidade nacional. O objectivo é disseminar os benefícios da utilização da telha cerâmica na construção de coberturas e fachadas, levando a um aumento do volume de negócios.
O grupo “A Nossa Telha” foi criado em
2017 e é composto por seis grandes empresas que se uniram para tentar fazer
crescer o interesse e a procura pela telha cerâmica. Surge de uma parceria com
a APICER (Associação Portuguesa das Indústria Cerâmica e de Cristalaria), sendo
composto pela Cerâmica Torreense (Outeiro da Cabeça), Cobert (também no Outeiro
da Cabeça), Sotelha (Oliveira do Bairro), Umbelino Monteiro (Pombal), Coelho da
Silva (Leiria) e Onduline (Vila Nova de Gaia).
A Cerâmica Torreense foi fundada em 1928 no Outeiro do Cabeça (Torres Vedras).
Tem actualmente cinco unidades produtivas que transformam cerca de 400 mil
toneladas de argila por ano.
Tem como vizinho, também naquela localidade do concelho de Torres Vedras (mas
perto do Bombarral), uma das sete fábricas da Cobert, um grupo espanhol criado
em Toledo nos anos 70 do século passado. A Sotelha, de Bustos (Oliveira do
Bairro), que também foi criada nos anos 70, foi a primeira fábrica automatizada
desde tipo na Península Ibérica.
A Umbelino Monteiro nasceu em 1959 em Meirinhas (Pombal) e em 2007 integrou a
multinacional Etex Group que está em 44 países, tendo sido fundada por um grupo
belga.
Por sua vez, a Coelho da Silva, a mais antiga das seis, foi fundada em 1927 no
Juncal (Leiria) e produz actualmente 57 milhões de peças (entre telhas e
acessórios) por ano. Por fim, A Nossa Telha fica completa com o grupo francês
Onduline que tem dez fábricas e 35 empresas que fornecem 90 países e que tem
uma filial em Canelas (Vila Nova de Gaia).
O grupo refere em comunicado que “é necessário mudar o paradigma do que é
convencionalmente associado à telha nacional” e que “a telha produzida em
Portugal vai muito além da tradição e da herança que lhe é intrínseca”, sendo
“considerada a opção mais durável, segura e autêntica capaz de corresponder às
atuais exigências e parâmetros de qualidade”.